Viajar é uma grande paixão para Rafaela Casagrande. O mesmo sentimento é compartilhado por seu marido, Giovani Bruno Boff. Como não podia ser diferente, a história do casal tem a ver com viagens.
Assim foi na adolescência, quando começaram o namoro. Ela, com 17 anos de idade, e ele, com 18. Os dois estavam preparados para ir a um festival de música eletrônica na Bélgica, em 2014. A mãe de Rafaela iria junto para acompanhar os (até então) grandes amigos. Mas alguns meses antes de a viagem acontecer, em uma festa, os dois ficaram juntos e suas histórias nunca mais foram as mesmas (nem a viagem).
Depois de dois anos de namoro, em 2016, o casal resolveu fazer sua graduação em Portugal. Quando atravessaram o Atlântico sozinhos, já sabiam que queriam estar juntos pela vida inteira. Na reta final do curso, o pedido de casamento veio. Mas, vejam só, o pedido foi feito justamente em uma outra viagem (e não em Portugal). Rafaela conta:
“Foi durante uma viagem que fizemos ao Marrocos, em 2019. Em uma noite, nós dois estávamos no meio das dunas do Saara, depois de algumas taças de vinho. O pedido não podia ser mais a minha cara. Eu, historiadora apaixonada por outras culturas, sinto uma ligação muito grande com países árabes, então foi uma ótima escolha de lugar.”
Vivendo três anos longe do Brasil, Rafaela e Giovani queriam estar perto da família para celebrar o casamento. Então, voltaram ao país. A cerimônia estava marcada para 2020, mas, com a pandemia, precisaram remarcar. A nova data: 24 de outubro de 2021.
Com o casamento agendado, os preparativos começaram…
Rafaela foi ver o vestido de noiva. Para marcar a cerimônia na memória, o traje era peça importante. Segundo ela, a escolha do vestido não foi difícil, mas precisava de alguém que o deixasse como imaginava.
“Eu sabia que queria algo com linhas simples, mas estruturado, sem brilho ou renda, e que me valorizasse. Ou seja, um básico nada básico. Queria um vestido clássico que eu não iria me arrepender no futuro, por ter feito algo muito na moda.”
Como uma boa historiadora, Rafaela foi buscar referências em vestidos dos anos 1950 e 1960. Essas inspirações valorizaram as linhas da cintura, corte do decote e estilo do véu. Quando chegou no Ana Dotto Atelier, estava praticamente decidida, mas necessitava de detalhes que só a Ana consegue entregar, como optar por uma saia estilo sereia.
“Eu fiquei apaixonada pelo vestido. Um traje liso, clássico, super estruturado, marcando bem a cintura e com um decote generoso. Nas mangas, um detalhe caído para dar aquele charme. Fizemos apenas uma cauda discreta. O véu: volumoso e curto. Até o sapato mantive o branco liso, e apenas os brincos de pérolas como acessórios .”
Vestido pronto, agora era a vez de definir os locais para a cerimônia e a festa de casamento. Os dois escolheram o Jockey Clube, em Caxias do Sul (RS), para a festa. Já a celebração religiosa foi realizada na Capela de São Tiago, em Mato Perso, distrito da cidade de Flores da Cunha (RS).
Quando Rafaela viu o local, logo se apaixonou pela história que a capela carregava em sua estrutura. Não só isso, a beleza natural da região formava um lindo cenário para a cerimônia.
Ela lembra da chegada ao local como se fosse hoje:
“Meu pai foi me buscar com um carro antigo da nossa família, um Maverick. Quando a gente se viu, não aguentou a emoção. Ali me deu o primeiro choque de realidade do que estava acontecendo. A viagem até Mato Perso era relativamente longa (uns 40 min) e fomos com calma, pois minha mãe e as madrinhas estavam atrás (um pouquinho atrasadas).”
Chegando na igreja, Rafaela conta que ficou super tímida, com todo mundo a olhando e na expectativa do “sim”. Quando Giovani a viu, foi outro misto de sentimentos: ela ficou muito feliz e emocionada com tudo aquilo. Mas, o nervosismo também era grande.
“A minha vontade era de atravessar a igreja rápido para ficarmos juntos (ainda bem que a Igreja era pequena). A ansiedade era tanta que quando nos encontramos, ele me beijou direto na boca e caímos na risada, porque isso foi algo que o padre e a família falaram para lembrarmos, que primeiro, era só um beijo na testa.”






